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Zonas Endógenas de Tensão

As zonas endógenas de tensão são as regiões do globo terrestre onde ocorrem diversos fenômenos, como a formação de montanhas, além de vulcanismos e terremotos.

Cordilheira dos Andes: resultado das ações endógenas nas zonas de convergência da Terra
Cordilheira dos Andes: resultado das ações endógenas nas zonas de convergência da Terra
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As Zonas Endógenas de Tensão correspondem às áreas de encontro entre as placas tectônicas e são caracterizadas por apresentarem uma elevada instabilidade geológica em função das atividades de vulcanismo e de tectonismo provocadas pela ação das correntes de convecção. Assim, temos dois tipos principais de zonas endógenas: as zonas de divergência e as zonas de convergência.

As zonas de divergência e convergência que surgem pelo movimento das placas tectônicas¹
As zonas de divergência e convergência que surgem pelo movimento das placas tectônicas¹

Conforme podemos observar na figura acima, esses dois tipos de forças endógenas são caracterizados, respectivamente, pelo afastamento e pela aproximação ou encontro das placas tectônicas, apresentando, assim, características específicas provocadas por tais processos.

Nas zonas de divergência, onde há o afastamento das placas tectônicas, registra-se a abertura de verdadeiras fendas na Terra. Em geral, essas atividades costumam ocorrer em regiões oceânicas, onde a crosta terrestre é mais delgada. Em função dessa dinâmica, ocorrem grandes terremotos – como aqueles que provocam os tsunamis –, além de intensa atividade vulcânica, que propicia a emissão de lava e a consequente formação de ilhas oceânicas e cadeias montanhosas submersas, chamadas de dorsais meso-oceânicas.

Nas zonas de convergência, com a aproximação das placas tectônicas, podem ocorrer dois fenômenos distintos, a subducção ou a obducção.

Na subducção, que ocorre quando há um choque entre uma placa oceânica e uma placa continental, ocorre o mergulho da primeira e o pressionamento da segunda no sentido oposto a seu deslocamento. No caso da placa oceânica, graças ao seu “mergulho” em direção ao manto da Terra, ocorre um processo de derretimento, mais conhecido por fusão, em virtude das elevadas temperaturas. Já com a placa continental, ocorre uma série de fenômenos de transformação do relevo, com a formação de dobramentos e de cadeias montanhosas. Entre essas cadeias de montanhas, temos a formação das maiores altitudes do planeta, na Cordilheira do Himalaia, no sul da Ásia, além da constituição da Cordilheira dos Andes, no oeste da América do Sul.

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Na obducção – também conhecida por colisão –, duas placas tectônicas são pressionadas uma contra a outra, e o resultado é o deslocamento delas no sentindo horizontal em direções opostas. Nesse caso, temos a formação das falhas geológicas, de extensos vales ou depressões relativas, além de uma intensa atividade sísmica, ocasionando o registro dos maiores terremotos do planeta.

Esquema representativo dos movimentos tectônicos acima explicitados
Esquema representativo dos movimentos tectônicos acima explicitados

Em linhas gerais, podemos notar que os movimentos tectônicos são diretamente responsáveis pela composição e formação original dos relevos, cabendo às forças exógenas da Terra moldá-los ou transformá-los. Para que o ser humano ocupe o seu espaço geográfico, torna-se, assim, importante conhecer os comportamentos geológicos para facilitar ações de planejamento e prever ou evitar grandes catástrofes.

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¹ Créditos da imagem: Surachit e Wikimedia Commons.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Zonas Endógenas de Tensão"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/zonas-endogenas-tensao.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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