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Saturno

Saturno possui 9 vezes o tamanho do planeta Terra e é formado principalmente por gases. Dispõe de 7 conjuntos de anéis circundantes e 82 luas, como Titã, a maior e mais conhecida.

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Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e é o segundo maior planeta do Sistema Solar, ficando atrás apenas de Júpiter. Suas dimensões são 9 vezes maiores que as da Terra. Devido à sua composição, é conhecido também como gigante gasoso e destaca-se pela beleza do sistema de anéis que o circunda, os quais são formados a partir de fragmentos de rocha e gelo.

Saturno tornou-se o planeta com o maior número de luas do Sistema Solar, em 2018, contando com 82 no total. Por meio das missões de exploração, como a Cassini, descobriu-se que Titã, o maior desses satélites naturais, tem características comparáveis às da Terra primitiva.

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar. Destaca-se pela presença de anéis formados por fragmentos de gelo e rocha
Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar. Destaca-se pela presença de anéis formados por fragmentos de gelo e rocha.

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Dados gerais de Saturno

  • Diâmetro: 116.464 km.
  • Área de superfície: 42.612.133.285 km2.
  • Massa: 568.319 x 1021 kg.
  • Densidade: 0.687g/cm3.
  • Distância do Sol: 1,4 bilhões de km.
  • Satélite natural: 82 no total, sendo 53 luas conhecidas e 29 a serem confirmadas.
  • Período de rotação: 10,7 horas.
  • Período de translação: 29,4 anos terrestres.
  • Temperatura média: - 138 º C.
  • Composição atmosférica: predominância de hidrogênio (H2) e hélio (He).

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Características de Saturno

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar, com 9 vezes o tamanho da Terra. Está relativamente distante do Sol, sendo o sexto planeta a partir dessa estrela, demorando 29,4 anos terrestres, ou 10.756 dias, para completar uma volta em torno dela. O seu movimento de rotação é curto, tendo duração de apenas 10,7 horas.

Diferentemente dos planetas rochosos, como a Terra, a superfície de Saturno não é sólida. O planeta é conhecido como gigante gasoso, o que se deve ao estado físico dos elementos que compõem sua estrutura. Saturno é formado predominantemente por hidrogênio, hélio em menores proporções e uma quantidade muito pequena de metano. O seu núcleo, em contrapartida, é denso e solidificado, envolto por hidrogênio líquido metálico e hidrogênio líquido. Mesmo com essa composição, a densidade de Saturno é menor do que a da água.

As imagens registradas do planeta mostram tons amarelados, marrons e brancos em sua superfície, devido à sua atmosfera, que, além dos gases mencionados, possui amônia em sua composição, assim como água congelada. Por vezes, grandes tempestades podem ocorrer, tornando-se aparentes na forma de faixas brancas.

Veja também: 8 curiosidades sobre o Sistema Solar

Anéis de Saturno

A presença de anéis circundantes no seu plano equatorial constitui a principal característica de Saturno. As primeiras observações desse sistema foram feitas no século XVII por Galileu Galilei e corroboradas, mais tarde, naquele mesmo século, pelo astrônomo holandês Christiaan Huygens.

Os anéis de Saturno são formados por partículas e fragmentos maiores de rocha e gelo, originárias de asteroides, cometas e luas que foram destruídos pela força gravitacional do planeta. Distribuem-se horizontalmente por até 282.000 km, com espessura variável que pode ir de alguns metros a 1 km, de acordo com a literatura acadêmica.

Modelo dos anéis de Saturno, se vistos com maior proximidade, sendo compostos por fragmentos rochosos e gelo.
Modelo dos anéis de Saturno, se vistos com maior proximidade, sendo compostos por fragmentos rochosos e gelo.

Os anéis externos são detentores de brilho mais intenso e, por isso, são mais facilmente observáveis por meio de telescópios e a nomenclatura deles foi definida a partir das extremidades, seguindo a ordem alfabética. Com isso, os sistemas principais constituem a seguinte sequência:

  • D, o grupo de anéis interno e próximo do planeta, possuindo brilho mais fraco,
  • C, B e A, sendo esses dois últimos os mais brilhantes,
  • E, F e G, mais recentemente descobertos e o mais externos.

 Essa denominação foi, em termos, descontinuada pelas descobertas mais recentes de novos anéis.

Entre os anéis B e A, há uma fenda de 4.700 km conhecida como Divisão Cassini, classificada como a mais extensa dentre as faixas que separam os grupos de anéis identificadas até o momento. Sua descoberta foi feita pelo astrônomo Jean Dominique Cassini em 1675.

Luas de Saturno

Saturno possui 82 satélites naturais, dos quais 53 são confirmados e outros 29 ainda aguardam a confirmação, de acordo com informações da NASA. Com a descoberta de 20 luas, anunciada em outubro de 2019, o planeta passou a ser o detentor do maior número de satélites naturais do Sistema Solar, posição que era anteriormente ocupada por Júpiter. As luas de Saturno têm tamanho que varia de 2 a até milhares de quilômetros de diâmetro, superando as dimensões de planetas conhecidos.

Titã foi a primeira lua de Saturno a ser descoberta, o que ocorreu no ano de 1655. Ela é a maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar, com diâmetro de 5.149 km, sendo maior que o planeta Mercúrio.

Sua atmosfera é bastante densa, composta por nitrogênio e metano. A superfície de Titã é comparada com a da Terra primitiva, embora seja muito mais fria. Ela é formada por gelo, metano e etano em estado líquido e gasoso. Acredita-se que há oceanos de água sob a estrutura gelada, o que daria ao satélite um grande potencial para abrigar formas de vida.

Representação visual de Titã, maior lua de Saturno.
Representação visual de Titã, maior lua de Saturno.

A segunda maior lua de Saturno é Reia, com diâmetro de 1.529 km. Esse satélite chama a atenção pela presença de oxigênio e dióxido de carbono em sua atmosfera, além de ser formada essencialmente por gelo e rocha.

A terceira maior é Jápetus (1.472 km de diâmetro) e possui coloração característica, dividida em um tom mais claro e outro escuro, também composta por rocha e gelo. Outras grandes luas de Saturno são Dione e Tétis, com respectivamente 1.123 e 1.066 km de diâmetro.

Exploração de Saturno

A partir da segunda metade do século XX foi possível obter maiores detalhes a respeito da atmosfera e superfície de Saturno a partir das missões espaciais enviadas ao planeta. A primeira sonda, Pioneer 11, foi enviada pela NASA em 1972 e chegou ao planeta, em setembro de 1973. Com ela, novas luas foram descobertas, assim como o sistema de anéis F.

Em 1980 e 1981, as sondas gêmeas Voyager 1 e Voyager 2, também norte-americanas, fizeram maior aproximação de Saturno e permitiram a observação detalhada dos seus anéis circundantes.

Em 1997, teve início a missão mais importante realizada no planeta: a Cassini-Huygens. O destino foi alcançado em 1º de julho de 2004, e a missão estendeu-se até 15 de setembro de 2017. Dentre as suas maiores contribuições estão:

  • a descoberta de lagos na lua Titã,
  • a coleta de amostras da atmosfera de Saturno pela primeira vez,
  • a descoberta de novas luas,
  • o registro em imagens de furacões nos polos do planeta e milhares de outros registros fotográficos,
  • alguns dados inéditos coletados.

Destaca-se, ainda, que em 2005 a sonda Huygens, da Agência Espacial Europeia, pousou em Titã, sendo esse o primeiro pouso na superfície lunar de outro planeta.

Acesse também: Como funciona o lançamento de um foguete?

Curiosidades sobre Saturno

  • As observações de Saturno tiveram início na Mesopotâmia com os assírios.
  • O nome Saturno foi definido pelos romanos, representando o deus da agricultura.
  • Pela sua peculiaridade, é um planeta bastante utilizado na cultura pop. Exemplos são a série Star Trek e os filmes 2001: Uma Odisseia no Espaço e Wall-E.
  • O planeta possui um campo magnético 578 vezes mais poderoso do que o da Terra.
  • O formato circular dos anéis de Saturno e a manutenção de sua órbita são definidos pela presença das luas menores entre eles, mais especificamente pela força da gravidade desses satélites.
  • As luas Titã e Encélado têm grande potencial para abrigar vida, uma vez que possuem água e diferentes tipos de hidrocarbonetos em suas composições.

 

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Saturno"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/saturno.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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