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Laterização dos solos

A laterização é um processo de transformação do solo, caracterizando-se como uma expressão de intemperismo químico em regiões de clima úmido e quente.

Exemplo de solo resultante da laterização. Essas pequenas rochas são chamadas de lateritos
Exemplo de solo resultante da laterização. Essas pequenas rochas são chamadas de lateritos
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A laterização é um tipo de intemperismo químico que atua principalmente sobre os solos, sendo responsável pelo surgimento de uma crosta ferruginosa sobre eles. Os solos formados por esse processo são chamados de lateríticos e os blocos de rochas constituídos são denominados por lateritos.

Além de ser considerada como um tipo de intemperismo, a laterização dos solos é também entendida como um processo pedogenético, ou seja, que está relacionado com a dinâmica de formação e transformação do solo. Os solos lateríticos formados por esse fenômeno mantêm uma coloração vermelha, amarela, marrom ou alaranjada, embora nem todos os solos que possuem essas cores sejam necessariamente desse tipo.

Basicamente, o processo de laterização consiste no enriquecimento da superfície por óxidos hidratados de ferro ou alumínio. Com isso, ocorre um aumento da concentração de caulinita, que é um tipo de argilomineral, ou seja, um mineral composto justamente pelos óxidos mencionados.

Em alguns casos, quando se forma uma camada superficial laterizada em grande quantidade, dá-se o nome de carapaça laterítica, canga laterítica ou crosta laterítica. Nesse tipo de ocorrência, nota-se a composição de uma densa, endurecida e ampla área de formação superficial ferruginosa ou aluminosa.

As causas da laterização podem estar associadas a processos naturais (solos muito desgastados pelo tempo) ou antrópicos, dos quais se destacam as queimadas e o desmatamento, que removem a proteção da superfície e deixam de fornecer materiais orgânicos. Entre as consequências da laterização, cita-se a dificuldade oferecida para a penetração de raízes, além do aumento da improdutividade, um problema recorrente na Região Amazônica. Atualmente, o processo de laterização também é bastante intenso na região do Cerrado brasileiro.

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A formação de solos lateríticos é mais comum em regiões de clima úmido ou subúmido em áreas tropicais ou subtropicais. Dessa forma, a presença, mesmo que em pequena quantidade, de laterita em regiões que não possuem tais tipos climáticos pode servir de indicativo de que a localidade em questão apresentou tais climas em um passado geologicamente recente.

O laterito formado pelo processo citado pode ser útil economicamente. Em regiões de pouca disponibilidade de materiais adequados, ele pode ser empregado em edificações por meio da fabricação de blocos e tijolos. Além disso, ele também pode ser utilizado em técnicas de asfaltamento ou até ser transformado em outros minerais por intermédio do enriquecimento de compostos, como o ferro, o alumínio e o níquel.

Blocos de rocha formados por laterito
Blocos de rocha formados por laterito


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Laterização dos solos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/laterizacao-dos-solos.htm. Acesso em 16 de abril de 2024.

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