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Sintomas da depressão

Sintomas da depressão não se resumem apenas à tristeza. Falta de apetite, desânimo e insônia são também observados em um quadro depressivo.

Pessoa sentada em sofá, abraçando suas próprias pernas, em estado de tristeza
Apatia e falta de concentração, de memória, de vontade e de iniciativa são sintomas da depressão.
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Os sintomas da depressão, diferentemente do que muitos pensam, vão muito além do sentimento de tristeza e estão relacionados com o desenvolvimento de sentimento de culpa, apatia, alterações no sono e mudanças no apetite, por exemplo. Vale destacar que eles variam muito de uma pessoa para a outra, tratando-se de um problema de saúde complexo.

Depressão é um transtorno mental que afeta milhares de pessoas em todo mundo, causando-lhes prejuízos no âmbito familiar, escolar e profissional. Em alguns casos, ela pode levar uma pessoa ao suicídio. Trata-se, portanto, de um problema de saúde grave que merece atenção e necessita de acompanhamento especializado.

Confira no nosso podcast: Setembro Amarelo — por que precisamos falar sobre o suicídio?

Tópicos deste artigo

Quais são os sintomas da depressão?

Muitas pessoas associam a depressão exclusivamente à tristeza, entretanto, a doença pode se manifestar de diferentes formas, sendo um problema bastante complexo. Pessoas com depressão podem não apresentar os mesmos sintomas, os quais podem ainda variar em duração, frequência e gravidade.

Elas podem apresentar sintomas leves, moderados ou graves. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma pessoa em um episódio depressivo leve apresentará dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao funcionamento global. Já em episódios graves, a Organização salienta que é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.

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De acordo com o Ministério da Saúde, são sintomas da depressão:

  • sensação de tristeza;

  • autodesvalorização;

  • sentimento de culpa;

  • apatia;

  • pensamentos suicidas;

  • retardo motor;

  • falta de energia;

  • preguiça ou cansaço excessivo;

  • lentificação do pensamento;

  • falta de concentração, memória, vontade e iniciativa;

  • alterações no sono (insônia ou hipersonolência);

  • alterações do apetite (perda ou aumento do apetite);

  • diminuição do interesse sexual;

  • mal-estar;

  • taquicardia;

  • dor no peito;

  • sudorese;

  • queixas digestivas.

Não podemos deixar de citar também que pessoas com depressão frequentemente relatam redução do prazer nas atividades que gostavam de fazer anteriormente; sentimento de medo e insegurança; sensação de vazio; pessimismo; sensação de que a vida não faz sentido; e uma visão distorcida e negativa da realidade.

Leia mais: Dopamina — neurotransmissor relacionado, por exemplo, com o humor e o prazer

Quando procurar ajuda em caso de depressão?

Mulher sentada no sofá e sendo consolada por um homem sentado ao seu lado
Ao sentir sintomas de depressão ou perceber que uma pessoa sofre do problema, procure ajuda.

A depressão pode atingir qualquer pessoa, portanto, é importante que, antes de mais nada, esqueçamos aquela ideia de que “esse problema nunca acontecerá comigo”. Ao perceber a persistência de alguns dos sintomas listados no tópico anterior, é essencial procurar ajuda. Quanto mais cedo a ajuda for procurada, mais rápido o tratamento será iniciado e menos prejuízos à vida do indivíduo serão observados.

É importante também incentivar pessoas próximas que passam pelo problema a procurarem ajuda especializada. Nessas situações, é fundamental conversar com a pessoa que está com depressão e informá-la sobre a necessidade de ajuda profissional. Além disso, saber escutar e acolher essa pessoa, deixando de lado qualquer julgamento, é essencial. Em casos de emergência, como risco eminente de suicídio, procure uma emergência de saúde mental.

Caso precise conversar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio 24 horas por dia. Você poderá entrar em contato com o Centro, sob total sigilo, pelo telefone (188), e-mail e chat. Para saber mais sobre esse serviço, clique aqui.

O que é depressão?

Depressão é um transtorno mental relacionado com fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos e que provoca prejuízos incalculáveis na vida de um indivíduo. De acordo com a Opas, em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram dela.

Componentes genéticos estão diretamente relacionados com a depressão, sendo estimado que eles representem, segundo o Ministério da Saúde, 40% da suscetibilidade para desenvolver o transtorno.

Além do fator genético, é reconhecido o papel de substâncias conhecidas como neurotransmissores, sendo observado o desenvolvimento da depressão quando há um desequilíbrio na produção delas. A noradrenalina e a serotonina são dois neurotransmissores relacionados com o desenvolvimento da doença.

Além desses dois aspectos, eventos estressantes relacionam-se com a doença. É comum que a morte de um ente querido ou a perda de um emprego, por exemplo, levem a episódios depressivos em pessoas geneticamente predispostas. Apesar disso, vale salientar que essas situações podem provocar quadros de tristeza profunda, mas não necessariamente trata-se da depressão. No entanto, quando esses problemas tornam-se difíceis de ser superados, é necessário ficar atento.

É importante destacar que a depressão vai além de uma simples tristeza e, quando não tratada de maneira adequada e com a seriedade que merece, pode levar à incapacitação, afetando a forma como a pessoa se relaciona com as outras, trabalha e estuda. O tratamento da depressão é individualizado, ou seja, determinado medicamento ou terapia que funcionou adequadamente para uma pessoa, não necessariamente trará benefícios para outra.

Existe uma série de medicamentosos que apresentam eficácia comprovada no tratamento da depressão, havendo, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 30 antidepressivos disponíveis. Além de medicação, é importante destacar que a psicoterapia apresenta importante papel no tratamento do transtorno.

Apesar da eficácia comprovada dos tratamentos, muitas pessoas não recebem o atendimento adequado. Alguns dos fatores que atrapalham o acesso a ele são a falta de recursos, o diagnóstico incorreto e o preconceito em relação aos transtornos mentais. Vale destacar que o SUS e algumas universidades oferecem atendimento gratuito para pessoas com depressão. Para saber mais sobre o tema deste tópico, leia: Depressão.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sintomas da depressão"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/depressao-2.htm. Acesso em 20 de abril de 2024.

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