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Aedes aegypti

O Aedes aegypti é um mosquito transmissor de várias doenças que afetam os seres humanos, sendo elas a dengue, a chikungunya, a zika e, ainda, a febre amarela.

Ilustração mostrando o Aedes aegypti e indicando as principais doenças da qual ele é vetor: dengue, Chikungunya e zika.
O Aedes aegypti é um dos principais vetores de doenças no Brasil.
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O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela. É considerado um mosquito urbano intimamente relacionado aos seres humanos, habitando domicílios, comércios e outras construções urbanas.

Descrito pela primeira vez no Egito, o Aedes aegypti se disseminou por regiões tropicais e subtropicais no período colonial, e hoje é um dos principais vetores de doenças no Brasil. Para controlar a proliferação do mosquito, medidas como eliminação de criadouros, manutenção de áreas externas, tratamento de água, educação e conscientização e monitoramento epidemiológico são essenciais.

Leia também: Mosquito-da-dengue transgênico — um método de controle biológico do Aedes aegypti

Tópicos deste artigo

Resumo sobre o Aedes aegypti

  • O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela.

  • É um mosquito de coloração preta com manchas e listras brancas espalhadas por seu corpo.

  • É considerado um mosquito urbano, e seu desenvolvimento está intimamente relacionado aos seres humanos.

  • As fêmeas picam como forma de obter sangue humano necessário para o desenvolvimento dos ovos do mosquito.

  • O Aedes aegypti foi descrito pela primeira vez no Egito, e sua disseminação para outras regiões se deu no período da colonização.

  • O desenvolvimento do mosquito se dá em quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto. A maioria deles acontece na água.

  • O Aedes aegypti transmite as seguintes arboviroses: dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

  • A eliminação de criadouros, o monitoramento epidemiológico e a educação e a conscientização são medidas essenciais para o controle do Aedes aegypti.

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Características do Aedes aegypti

Representação gráfica do Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela.
O Aedes aegypti possui listras e manchas brancas por todo o seu corpo.

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela. A seguir, veja suas principais características:

  • Aparência: o Aedes aegypti é um mosquito de coloração preta, com listras e manchas brancas espalhadas pela cabeça, tórax, abdômen e pernas. Possui olhos compostos bem desenvolvidos e tamanho pequeno, sendo menor que os outros mosquitos comumente encontrados. Além disso, o ruído que produz ao voar é quase inaudível para os seres humanos.

  • Hábitos: o Aedes aegypti possui hábito diurno e é considerado um mosquito urbano, apesar de também já ter sido encontrado na zona rural. Ele está intimamente associado aos seres humanos, e seu habitat está condicionado aos domicílios, comércios e outras construções urbanas. Sua presença é mais intensa em regiões com alta densidade populacional, onde as fêmeas possuem mais oportunidades para se alimentar de sangue e desenvolver seus ovos. Geralmente picam as pessoas no interior de suas casas, voando próximo ao solo e em ambientes com pouca luz. Apesar de possuírem hábitos diurnos, também podem picar à noite.

  • Origem e ocorrência: o Aedes aegypti é originário da África e foi descrito pela primeira vez por Lineu em 1762, no Egito. Atualmente, ele ocorre em regiões tropicais e subtropicais em praticamente todo o continente americano, no Sudeste da Ásia e em toda a Índia.

Ciclo de vida do Aedes aegypti

Ciclo de vida do Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya, da zika e, ainda, da febre amarela.
Ciclo de vida do Aedes aegypti.

Grande parte do ciclo de vida do Aedes aegypti acontece na água. Ele se inicia com a deposição dos ovos pelas fêmeas, que são depositados nas paredes internas de objetos próximos à superfície de água limpa, como caixas d’água, garrafas, pneus e pratos sob plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. Os ovos não são depositados diretamente na água, mas alguns milímetros acima da superfície de modo que, quando chove e o nível da água sobe, os ovos entram em contato com a água e eclodem.

Dos ovos eclodem as larvas, que se tornam pupas em cinco dias. Elas se desenvolvem no mosquito adulto em alguns dias. Depois de adultos, tantos os mosquitos machos como fêmeas se alimentam de néctar, seiva e outras substâncias, porém somente as fêmeas se alimentam de sangue.

Depois que realizam a cópula, as fêmeas intensificam a procura por sangue para a nutrição e desenvolvimento dos ovos. Depois de alguns dias os ovos são depositados pelas fêmeas em locais apropriados para seu desenvolvimento. Para saber mais detalhes sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti, clique aqui.

Doenças que o mosquito Aedes aegypti transmite

Apesar de ser popularmente conhecido como mosquito-da-dengue, o Aedes aegypti é capaz de transmitir a dengue, a chikungunya, a zika e a febre amarela. Essas doenças, chamadas de arboviroses, são causadas por um tipo específico de vírus denominados arbovírus, os quais são transmitidos principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos.

Formas de controle do Aedes aegypti

Pessoa eliminando possíveis criadouros do Aedes aegypti.
Eliminar os criadouros é uma das medidas mais eficazes contra a proliferação do Aedes aegypti. [1]

As altas temperaturas e o crescimento da quantidade de água parada devido ao aumento das chuvas são fatores que favorecem a proliferação do mosquito. Para impedir a proliferação do mosquito deve-se adotar medidas de controle para eliminar os criadouros. Entre as estratégias de controle estão:

  • Eliminação de criadouros: remover ou cobrir todos os recipientes que possam acumular água, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e outros objetos que possam reter água parada.

  • Manutenção de áreas externas: manter quintais e jardins limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas e outros detritos que possam servir de abrigo para o mosquito.

  • Tratamento de água em locais específicos: em locais onde a água é armazenada, como caixas d'água e cisternas, é importante realizar a limpeza regular e, se necessário, a aplicação de larvicidas apropriados.

  • Educação e conscientização: promover campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância de eliminar criadouros e adotar medidas preventivas.

  • Monitoramento epidemiológico: realizar monitoramento constante da presença do mosquito e de casos de doenças transmitidas por ele. Isso ajuda a direcionar esforços para áreas de maior risco.

  • Controle químico: em casos extremos, a aplicação controlada de inseticidas pode ser considerada, mas deve ser feita por profissionais qualificados e com respeito às normas de segurança ambiental e de saúde.

É importante que essas estratégias sejam implementadas de forma integrada, envolvendo a participação ativa da comunidade, autoridades locais, profissionais de saúde e outros setores relevantes. A prevenção e o controle do Aedes aegypti são medidas cruciais para evitar surtos de doenças transmitidas por esse mosquito.

Mitos e verdades sobre o Aedes aegypti

  • É mito ou verdade que apenas as fêmeas do Aedes aegypti picam? Verdade. As fêmeas do Aedes aegypti são as únicas que picam porque precisam do sangue do ser humano para poder nutrir e desenvolver seus ovos. Os machos, por sua vez, se alimentam exclusivamente dos nutrientes disponíveis no néctar e seiva de plantas.

  • É mito ou verdade que o Aedes aegypti já foi erradicado do Brasil? Verdade. Em 1955 o Aedes aegypti foi erradicado do Brasil a partir de medidas de controle da febre amarela implantadas em todo o país. Com o relaxamento dessas medidas no final da década de 1960, o mosquito voltou a se restabelecer e hoje é encontrado em todo o país.

  • É mito ou verdade que os ovos dos mosquitos resistem a mais de um ano sem entrar em contato com a água? Verdade. O ovo do Aedes aegypti é resistente à dessecação e pode passar extensos períodos de tempo sem contato com a água. Caso venha a entrar em contato com a água após esse longo período ainda é capaz de eclodirem larvas viáveis.

  • É mito ou verdade que o mosquito pica somente de dia? Mito. Apesar de ter hábitos diurnos e frequentemente picar durante o dia, o Aedes aegypti também pode picar durante a noite.

  • É mito ou verdade que o mosquito não consegue chegar em locais altos? Mito. Apesar de o mosquito não atingir grandes alturas durante o voo, ele é capaz de se alojar em elevadores e assim atingir andares mais altos em um prédio, por exemplo. Também pode se alojar em objetos ou embalagens que possam ser transportadas para lugares mais altos. Portanto, é necessário ter cuidado.

Como o Aedes aegypti chegou ao Brasil?

O Aedes aegypti é originário da África, no Egito. A dispersão do Aedes aegypti aconteceu no período colonial através de navios que realizavam o tráfico de pessoas escravizadas, transportando-as do continente africano para o continente americano. No Brasil, os primeiros relatos da dengue, causada pelo Aedes aegypti, são do final do século XIX e início do século XX.

Crédito de imagem

[1] Joa Souza / Shutterstock

Fontes

BESERRA, Eduardo B. et al. Ciclo de vida de Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera, Culicidae) em águas com diferentes características. Iheringia. Série Zoologia, v. 99, p. 281-285, 2009.

FIOCRUZ. O mosquito Aedes aegypti faz parte da história e vem se espalhando pelo mundo desde o período das colonizações. Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/longatraje.html.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Mitos e verdades: Aedes aegypti. Disponível em: https://mosquito.saude.es.gov.br/mitos-e-verdades-aesdes-aegypti.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Aedes aegypti. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti.

NATAL, Delsio. Bioecologia do Aedes aegypti. Biológico, v. 64, n. 2, p. 205-207, 2002.

ZARA, Ana Laura de Sene Amâncio et al. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, p. 391-404, 2016. 

Escritor do artigo
Escrito por: Nicole Fernanda Sozza Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo. Desde 2021 atua na elaboração e revisão de conteúdos didáticos de Ciências e Biologia. Atualmente se dedica ao estudo de edição e preparação de textos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOZZA, Nicole Fernanda. "Aedes aegypti"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/aedes-aegypti.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

Desesperada com o aumento de casos de dengue em sua cidade, uma moradora resolveu observar os focos da doença em sua casa a fim de detectar a presença de alguns mosquitos da espécie Aedes aegypti. Para que a moradora consiga identificar o mosquito, que característica deve ser observada?

a) O número de patas.

b) A divisão do corpo.

c) A presença de antenas.

d) A coloração do corpo.

e) O número de asas.

Exercício 2

Um professor de Biologia afirmou que o Aedes aegypti era vetor de várias doenças. Um aluno, no entanto, questionou-o se esse mosquito não transmitia somente a dengue, uma vez que é chamado popularmente de mosquito-da-dengue. O professor, então, explicou que a dengue é a doença mais conhecida, entretanto, o mosquito transmitia outras. Analise as alternativas a seguir e marque a única que não pode ser citada pelo professor como exemplo de doença transmitida pelo A. aegypti.

a) Febre amarela.

b) Zika.

c) Chikungunya.

d) Malária.